SINERGIA
Conseguimos remover qualquer conflito.
Encontrar a causa-raiz primária de um sistema responde à pergunta «o que mudar?», mas está longe de nos dar a resposta ao «mudar para o quê?». Seria ingénuo pensar que a maioria dos problemas se resolve, simplesmente fazendo o oposto ao preconizado pela causa-raiz primária. Aliás, é muito provável que uma empresa, no passado, já tenha tentado fazer isso mesmo. Este andar para a frente e para trás é o que se chama estar num conflito. Um conflito ocorre, sempre que precisamos que uma entidade esteja em dois estados opostos e mutuamente exclusivos. Por exemplo, ou estou agora em Lisboa ou estou agora no Porto. E é aqui que a comunidade científica faz uso de uma crença bastante bizarra que é: não há conflitos na natureza, pois ela é harmoniosa consigo mesma. O que dizer então do leão que tem que comer a gazela, do conflito israelo-palestino, ou do casamento que compete com a infidelidade?
Recordemos que a melhoria sustentável e exponencial só se consegue se a instabilidade pós-solução, para todas as partes interessadas diminuir. Comecemos pelo mais fácil: se reduzirmos tal instabilidade, mesmo que para isso cada parte interessada abdique de algo, então, em termos práticos, não há qualquer conflito. O desafio ganha novos contornos quando, ao abdicarmos de algo, a instabilidade aumenta. Sempre que tal acontece precisamos descrever muito bem o conflito (as ações opostas D e D’), as necessidades por ele alimentadas (B e C) e o objetivo (A) suportado por aquelas. Por norma, todos concordam com a legitimidade do objetivo e das próprias necessidades, ao contrário das ações a tomar. Veja-se o exemplo da figura:
Para remover o conflito, precisamos questionar cada palavra de cada uma das cinco entidades e, depois, começar por desafiar cada pressuposto. Que pressuposto? Todos aqueles que servem de suporte à ligação das entidades. Por exemplo, para que «o leão consiga alimentar-se», este precisa de «caçar a gazela», porque o leão só come carne e só há gazelas nesta parte da savana.
Só descobrindo um falso pressuposto ou só falseando um estaremos a abrir a porta da direção da solução. E é aqui que a sinergia aparece, quando garantimos a entidade B e C, em simultâneo. Só assim para afirmarmos que as partes envolvidas saem mesmo a ganhar e que a instabilidade diminuiu: uma verdadeira situação win-win-win. Sim, em muitos conflitos, a resolução está longe de ser trivial, mas quem disse que seria fácil? Na INERCIA-MN dizemos que conseguimos remover qualquer conflito de gestão empresarial, mas não explicitámos que o faríamos em 60 minutos. Ao mesmo tempo, tal não serve de desculpa à procrastinação. A questão é: onde está atualmente o nosso nível de persistência (ou qual a força desta crença entre nós)? Muitas vezes, depois de descrevermos o conflito, não damos mais do que cinco minutos para, num curto desabafo, exclamarmos: não existe solução!
Na INERCIA-MN este comportamento não é admissível, pois não nos conduzirá nem à meta da empresa, nem à melhoria sustentável e exponencial.