O artigo mostra o porquê da existência da empresa, e de que modo nos propomos atingir a nossa meta última.
Palavras-chave: inércia, resistência à mudança, propósito
Muitos defendem que qualquer empresa deve, pelo menos ao início, seguir a máxima: position narrow, reach wide. Isto é, a empresa precisa ser muito específica quanto ao seu posicionamento no mercado, mas procurar chegar, ao mesmo tempo, ao maior número de pessoas ou empresas (veja-se por exemplo, através das redes sociais). A empresa deve resistir à tentação de dizer: sim, e também fazemos isto e podemos fazer aquilo. No arranque, não só não terá recursos para tal, como acabará por perder o foco.
Na INERCIA-MN concordamos com o conceito, mas ainda assim procurámos desafiar esse pensamento, a ponto de estarmos na iminência de explorar um oceano azul. O que respondemos a alguém que nos pergunte o que fazemos? Simples:
Nós usamos a força da resistência à mudança da própria empresa, a favor dos seus objetivos. Fazemo-lo através de ferramentas avançadas de lógica.
Assim, se a pergunta vem de um CEO ou CFO seremos mais específicos e diremos: …a favor de um aumento da margem líquida de pelo menos 20%.
Já se for um COO a resposta certa é: …a favor de um aumento do fluxo das operações (DDP de 99%).
E para o responsável dos recursos humanos: …a favor de um maior alinhamento e mobilização das pessoas.
Alguém acredita que os departamentos das empresas não são inter-dependentes entre si, ou que é possível chegar a margens líquidas mais atrativas, sem um bom funcionamento das operações ou sem um bom alinhamento das pessoas? Naturalmente que não. Só estamos a adequar a mensagem a cada destinatário.
Com isto, adotámos um pensamento totalmente contra-intuitivo, porque um dos pontos diferenciadores da INERCIA-MN está literalmente naquilo que quase todos fogem, temem e não gostam: a resistência à mudança.
Em vez de condenarmos quem resiste à mudança, usamos essa força ‘negativa’ em prol da própria empresa. Redirecionamos essa força em algo proveitoso e benéfico.
Se quisermos, somos uma empresa de reciclagem. Vemos valor em algo que mais ninguém vê. A resistência à mudança existente nas empresas é fundamental para se chegar a melhores soluções e para não se cometer erros infantis. Mas é preciso saber trabalhar com ela.
E, em vez de reciclarmos o lixo, reciclamos pensamentos. Em vez de aparecermos com o camião do lixo, vamos equipados com as nossas ferramentas de pensamento lógico. E sim, elas funcionam.
Por isso, em vez de INERCIA – Mobilizamos Negócios, a empresa poder-se-ia igualmente chamar INERCIA – Reciclamos Pensamentos. Só reciclando pensamentos é possível mobilizar o negócio na direção e na velocidade certa. O leitor mais atento saberá que o conceito inércia não implica estar parado, mas continuar a fazer aquilo que sempre se fez. Por vezes até a grandes velocidades, só que na direção errada! A inércia numa empresa manifesta-se na manutenção do status quo, e o que se pretende é usar a massa da empresa (as pessoas) e reorientá-las e mobilizá-las para aquilo que tem mais significado e mais futuro.
A ideia de que o cliente passa a saber como explorar uma energia que é interna à empresa e a usá-la em proveito próprio não se traduz só na diminuição de imenso desperdício. Ela é semelhante a algumas artes marciais (Aikido, Jiu-jitsu,…) quando usam a força do inimigo para vencer o combate. Ou seja, ela é usada para capitalizar e vencer nos negócios.
E agora, qual é a empresa que não apresenta algum tipo de resistência à mudança?
Se um potencial prospeto disser que tal não existe na sua empresa estarei mais tentado a dizer-lhe que estará em negação do que a dar-lhe os parabéns. Mas sem ressentimentos, essas empresas não caem no nosso público-alvo. E assim, de repente, acabámos por abrir o mercado de forma massiva. É claro que ao mesmo tempo isto coloca-nos um problema. Um bom problema, que é: com quem queremos então trabalhar?
Para isso, é importante definir o que é um cliente ideal. Em primeiro lugar, e salvo algumas exceções, queremos trabalhar com empresas que apresentam uma situação financeira estável. Não é que as nossas soluções não tragam muito mais dinheiro ao cliente, mas quem não o tem nesse momento, regra geral, não se encontra no estado emocional certo para sequer ter uma primeira conversa exploratória. Em segundo lugar, não transformamos perdedores em vencedores, mas antes vencedores em campeões. Menos do que isso não vale a pena. A vida é demasiado curta para se ficar no limbo, e para não se querer fazer a diferença. Coisas medianas não nos motivam.
Citando Darwin «não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, mas as mais suscetíveis à adaptação». Acreditamos por isso que as empresas que têm mais hipóteses de sobreviver são aquelas que demonstram uma maior propensão para se adaptarem às novas circunstâncias. Tudo isto nos remete para os critérios do nosso cliente ideal:
A gestão de topo da empresa quer mesmo ser #1 da sua indústria. Isto implica estarem já a colocar objetivos agressivos e a atingi-los.
Acreditar que o investimento que farão nas pessoas nunca é suficiente, mas um game changer.
Ser humilde o suficiente para reconhecer que nem nós podemos fazer o seu trabalho, nem as pessoas da empresa (ou virtualmente qualquer outra consultora) tem as competências para entregar o valor que entregamos.
De facto, não é possível fazer bons negócios ou as entidades ajudarem-se mutuamente, se certos valores e linhas de pensamento não forem comuns. Só com este alinhamento estaremos em condições de atingir a nossa meta última, que é:
Promover, mais e mais, uma vida com significado, a todos que interagem connosco.
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